Ir ao baile e não dançar.

Se há coisa que eu adoro fazer é dançar. Mas quanto a dançar agarradinha a alguém, aqui a moça já é muito seletiva. É que eu acho que dançar coladinha a alguém é algo mesmo muito íntimo e só o faço com o meu rapaz, com familiares ou com amigos. É que aquela coisa de estar abraçada a alguém que conheço mal, os cheiros, o toque nas mãos, mexe-me com a cabecinha, ou melhor, com os passos de dança e aí, se há convite, recuso.

Isto a propósito da noite de ontem. Levei uma amiga mais velha do que eu a experimentar um hamburguer que eu gosto muito  (H3 benedict). Para retribuir, ela insistiu para que eu e a minha irmã fossemos com ela a uma danceteria ( para quem é da zona de Leiria, fomos ao Galla).  Resultado: aguentei três quartos de hora.

No espaço predominavam casais mais velhos e, embora estivessem pessoas da minha idade, eu não me consegui sentir confortável. Talvez se estivesse com um grupo enorme, fosse mais fácil. Mas assim não. Enquanto bebia o meu chá de camomila, rezava a todos os santinhos que ninguém me convidasse. E, de facto, ninguém me convidou. Ou pelo facto de existirem moças bem mais giras, ou pelas minhas calças de ganga rasgadas, ou pelo meu ar compenetrado na chávena de chá, ninguém mostrou interesse. 

Alívio. É que tenho a mania de ser boazinha e detesto dizer que não. Mas dançar com alguém que não conheço, deixar essa pessoa agarrar a minha mão e deslizar com ela pela pista...no way.

No entanto, nada tenho contra quem vai e se diverte. Aliás, admiro as mulheres que vão e dançam em cima dos seus saltos altos (sem plataforma) durante horas e acho que é uma ótima maneira de as pessoas que se sentem mais sós passarem o tempo.

Mas, quanto a mim, passo. Dançar agarradinha, sim. Mas comigo a escolher o par!